Texto: Lc. 16.19-31
Em certa ocasião do seu ministério, Jesus contou a história de um homem rico e outro pobre. É um dos textos mais intrigantes da Bíblia. Esse é o único relato registrado no evangelho que Jesus atribui um nome para um dos personagens.
Não sabemos afirmar em que ocasião do seu ministério em que essa parábola foi contada. A única coisa que sabemos é que Jesus contou essa parábola para
revelar os grandes e profundos contrastes da existência humana. Vejamos os três
grandes contrastes que esse texto nos ensina.
1. Contrastes na vida
– v. 19-21
Do lado de cá da sepultura, dois homens são contrastados: um rico, o outro mendigo; um trajando vestes de púrpura, o outro coberto de trapos; um regalava-se esplendidamente em pomposos banquetes; o outro, jazia faminto apanhando algumas migalhas que caiam da mesa do rico.
Um desfrutava da companhia
de gente ilustre, o outro era cercado pelos cães famintos; um tinha o corpo
sadio e bem cuidado, o outro era coberto de chagas.
Não poderia haver contrastes tão gritantes, diferenças tão
profundas, destinos tão antagônicos. O rico era o símbolo do sucesso; o mendigo
era a maquete do fracasso. Enquanto o primeiro tinha o mundo aos seus pés, o
segundo tinha o peso do mundo em suas costas. Enquanto o rico parecia ter tudo,
o mendigo parecia ter nada.
2. Contrastes na morte
– v. 22
O rico morreu e foi sepultado. Certamente em seu funeral houve discursos de elogio e um cortejo fúnebre cheio de muito requinte. O mendigo, por sua vez, não diz o texto que foi sepultado. Talvez os cães leprosos que lambiam suas feridas tenham sido a sua própria sepultura.
O corpo do rico,
certamente, cercado de uma multidão de admiradores, foi depositado numa urna da
madeira nobre, engrinaldada de flores do campo.
Músicas bem orquestradas devem ter enchido o ar quebrando as vozes que soluçavam, enquanto rasgavam-se os maiores lamentos. Lázaro, o mendigo, viveu e morreu longe dos holofotes da vida.
A vida não lhe reservou os manjares deste
mundo. Sua peregrinação foi marcada por solidão, pobreza e muito sofrimento.
Viveu como pobre e morreu como mendigo.
3. Contrastes na
eternidade – v. 23-31
Do lado de lá da sepultura o contraste continuou ainda mais acentuado. O mendigo foi escoltado pelos anjos para o Seio de Abraão, a Casa do Pai, o Paraíso, o lugar de bem aventurança eterna. Ali suas lágrimas foram enxugadas, suas chagas foram curadas, sua alma foi consolada.
O rico, contudo,
ao atravessar o vale da morte, entrou não no descanso dos justos, mas no
tormento do inferno. As glórias da sua vida terrena não puderam aliviar o seu
sofrimento na eternidade. Seu tormento não tinha alívio.
Suas orações não eram mais ouvidas. Seu destino eterno estava
selado. Lázaro esqueceu-se dos seus trapos, e entrou na posse da
bem-aventurança eterna, onde foi consolado.
O rico morreu e foi para o inferno porque viveu sem pensar na
eternidade, sem se preparar para encontrar-se com Deus. Ele deu mais valor aos
prazeres do mundo do que à salvação da sua vida. E você, que destino terá sua
alma?
Interessante que o caráter do rico não mudou até mesmo no inferno. Ele enxergou Lázaro como um simples servo. O rico tentou se aproveitar de sua condição de descendente de Abraão ao chamá-lo de pai. No final ele ainda pensou que, até mesmo na eternidade seus caprichos poderiam ser atendidos.
Era tarde demais! Mesmo após sua morte o rico não demostrou arrependimento. Ele apenas lamentou seu sofrimento! Em nenhum momento o rico indicou que tinha compreendido os mandamentos do Senhor enquanto era vivo. Esses tipos de pessoas o inferno está cheio.
Hoje é o dia oportuno. Hoje é o dia da salvação.
Ponha agora
mesmo, sua confiança em Jesus, pois com ele, ainda que nesta vida você seja
pobre, na vida porvir você desfrutará eternamente do paraíso de Deus.
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